sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Campus Socorro realiza palestras sobre TI Verde

Na tarde do dia 29 de agosto, o campus Socorro do Instituto Federal de Sergipe realizou palestras sobre TI Verde aos alunos de Manutenção e Suporte e Informática deste campus. O evento também contou com a presença de servidores técnicos-administrativos, professores e convidados externos.

Organizada pelo professor Dr. Luiz Carlos Pereira Santos, o evento foi dividido em dois momentos: na primeira parte, tive a satisfação de apresentar Os aspectos gerais da TI Verde, expondo alguns problemas ambientais causados pela produção, uso e descarte de equipamentos de TI bem como as principais práticas em TI Verde que devem ser adotadas individual e coletivamente para atenuar tais problemas; no segundo momento, Leonardo Vaccari, funcionário da empresa ArtVideo do município de Nossa Senhora do Socorro, trouxe informações sobre os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) bem como sua experiência profissional trabalhando nessa vertente da TI Verde.

O evento também serviu para divulgação dos projetos em REEE coordenados pelo professor Luiz Carlos bem como do minicurso intitulado "TI Verde: um enfoque técnico-científico-social" que ocorrerá no campus Socorro no início de 2020 e que será por mim ministrado.

Confiram a matéria completa no site do IFS...
http://www.ifs.edu.br/ultimas-noticias/283-socorro/7913-campus-socorro-realiza-palestras-sobre-ti-verde

...e confiram também algumas fotos do evento!











terça-feira, 27 de agosto de 2019

As principais categorias de ação da TI Verde e suas respectivas subcategorias

Saudações Ecológicas!

Nas infindáveis leituras que tenho feito sobre a TI Verde, senti a necessidade de procurar artigos ou livros que sintetizassem suas ações práticas.
Encontrei alguns mas um em especial chamou-me a atenção.
Em um artigo publicado em 2014 sob o título "TI Verde: uma análise dos principais benefícios e práticas utilizadas pelas organizações" Guilherme Lunardi, Renata Simões e Ricardo Frio apresentaram os resultados de uma pesquisa exploratório-descritiva que analisou 202 anúncios empresariais sobre práticas sustentáveis utilizadas na Tecnologia da Informação destas organizações. Como resultado, os pesquisadores chegaram a sete categorias de ação em TI Verde com suas respectivas subcategorias. Para quem desejar ler o artigo na íntegra, segue o link: http://www.scielo.br/pdf/read/v20n1/a01v20n1.pdf.

As categorias principais obtidas por Lunardi, Simões e Frio são corretas. No entanto, acredito que elas podem ser sumarizadas em apenas duas: gerenciamento de energia elétrica e redução de resíduos elétricos e eletrônicos. Rigorosamente todas ações práticas em TI Verde derivam - ao meu ver - desses dois objetivos primaciais.

Sendo assim, elaborei um mapa mental sobre as principais práticas em TI Verde, considerando o resultado da pesquisa de Lunardi, Simões e Frio (2014) mas adaptando-o à minha perspectiva enquanto pesquisador do tema.

Confiram!








quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Ecopontos para resíduos elétricos e eletrônicos em Aracaju

Saudações Ecológicas!

É comum não saber o que fazer com as pilhas, baterias ou celulares antigos que descobrimos no fundo dos nossos armários. Infelizmente, o destino de muitos aparelhos elétricos e eletrônicos é o lixo comum. 
De acordo com o Global e-waste Monitor de 2017, os resíduos de aparelhos elétricos e eletrônicos correspondem ao principal problema ambiental dos centros urbanos e dos parques industriais ao redor do mundo. 
À luz do mesmo documento, o Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina com 1,5 milhão de toneladas métricas produzidas anualmente sem qualquer tipo de reciclagem ou reuso ambientalmente responsável.
Embora nosso país possua a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010), é necessário que os municípios possuam suas próprias estratégias em relação ao lixo que seus habitantes produzem. No entanto, em Aracaju e em seus municípios adjacentes, isso não ocorre. Não há, por exemplo, estatísticas oficiais sobre a produção de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos em nossa região. O estado de Sergipe também não possui esses dados.

Porém, é dever de cada um fazer sua parte no que diz respeito ao descarte correto do lixo eletrônico. Para isso, preparei uma lista com alguns dos principais pontos de coleta desses resíduos. Vamos conferir?

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Casa da Ciência e Tecnologia da Cidade de Aracaju Galileu Galilei (CCTECA)
Localizada no Parque da Sementeira, aderiu ao programa Save the Planet em 2011 e desde então estimula práticas de conservação ambiental, especialmente, a recepção para reciclagem de pilhas, baterias, celulares e outros equipamentos elétricos e eletrônicos. Funciona de segunda a sexta das 9h às 17h e aos sábados e domingos das 14h às 17h



Ecoponto do Bairro Industrial 
Localizado na esquina da Avenida Confiança com a rua Julieta Pereira Alves, no Bairro Industrial, é o primeiro ecoponto construído pela Prefeitura de Aracaju. Inaugurado em 2018, o Ecoponto do Bairro Industrial é um projeto piloto desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju que pretende, até 2020, instalar espaços como esse na Coroa do Meio, no Inácio Barbosa e no Santos Dumont. O Ecoponto do Bairro Industrial funciona de segunda a sexta das 7h às 17h.




Universidade Tiradentes (UNIT)
A principal faculdade particular do estado também é um ponto de coleta de lixo eletrônico. Em cada bloco do campus Farolândia há uma caixa de descartes para a devida disposição de materiais de pequeno porte como pilhas e baterias. Já os materiais maiores como CPU, monitores, televisores e teclados podem ser descartados próximo ao Bloco D.


Shopping Riomar
Em parceria com a Fundação Pedro Paes Mendonça, o Shopping mais antigo do estado também possui pontos de coleta em suas dependências. Essas estações ficam em várias partes do shopping, principalmente no primeiro piso e nos estacionamentos superiores.

Shopping Jardins
Também em parceria com a Fundação Pedro Paes Mendonça, o Shopping Jardins instalou dois pontos de coleta. Ambos na área externa do shopping, um fica próximo à lotérica e outro na parte do estacionamento.


Outros ecopontos

Para pilhas e baterias: Atacadão (Av. Osvaldo Aranha, 2445), Assaí Atacadista (Rua Simião Aguiar, 430), Supermercado Pão de Açúcar (Rua José Seabra Batista, S/N, bairro Jardins), Hiper Bompreço (Av. Gonçalo Rollemberg, 1983, bairro Luzia).

Para eletrônicos: Programa Cata-Treco da EMSURB (agende a entrega através do telefone (79) 3021-9908), Cooperativa de Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Rua A5, 150, bairro Santa Maria), Cooperativa de Reciclagem do Bairro Santa Maria (Rua vereador Manoel Nunes Resende, S/N, bairro Santa Maria).

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Conhece algum que não está nessa lista? Envie e-mail para lucas.jesus@ifs.edu.br.




sábado, 17 de agosto de 2019

A tecnologia e os dilemas do consumo de energia

Ao mesmo tempo em que o avanço da Tecnologia da Informação (TI) tem trazido uma série de benefícios para as pessoas e para as empresas, cria novos desafios para a humanidade. Um dos principais deles diz respeito ao consumo de energia. De acordo com o MIT Energy Initiative, só os computadores e servidores instalados em todo o mundo são responsáveis hoje por mais de 2,5% de toda a energia consumida no planeta. E se considerarmos que, até 2020, existe uma expectativa de que o número de equipamentos conectados à internet seja de cinco vezes a população humana total, esse percentual tende a crescer em ritmo acelerado e gerar um problema cada vez mais real para o mundo e para o uso dos recursos naturais. 
Para responder a esse desafio, a indústria de TI, em especial a de microprocessadores, tem feito importantes investimentos nas últimas décadas, com o intuito de garantir a redução no consumo de energia. Na prática, desde os anos 70 estima-se que a cada ano dobrou a eficiência energética computacional, ou seja, o número de operações que podem ser realizadas por quilowatt/hora de eletricidade utilizada. 
Um relatório do MIT Techology Review aponta que a energia necessária para executar uma tarefa com um número fixo de computadores caiu pela metade a cada 1,5 anos. Isso aconteceu pelo fato de, a cada dois anos, ter dobrado o número de transistores em um mesmo processador, reduzindo assim a distância que a eletricidade tem para percorrer e, por consequência, com uma redução do total de energia usada para garantir a performance computacional.
A questão, no entanto, é que esse ritmo de melhoria na eficiência energética tem diminuído ao longo da última década e exigido novas abordagens por parte da indústria de microprocessadores, que vão além do aumento do número de transistores por CPU.
O caminho da eficiência energética passa por novos modelos, como o caso das APUs (processadores acelerados), e que reúnem em um mesmo chip, o processador e a placa gráfica. Essa combinação resulta em uma economia de energia ao eliminar as conexões entre chips diferentes, ao mesmo tempo em que permite balancear cargas de trabalho entre a CPU e a GPU, otimizando o consumo energético.
Outra alternativa tem sido o gerenciamento dinâmico de energia, bem como inovações na área de design, que passam por gerenciamento dinâmico dos recursos dedicados a uma tarefa considerando uso de energia e performance mínima requerida, voltagem adaptativa diferenciada em partes da pastilha de silício através do conceito de ilhas e frentes de voltagem, além de maior integração dos componentes dos sistemas implementados em silício.
Enfim, a indústria de processadores tem um importante desafio: garantir que a TI seja cada vez mais eficiente e gere cada vez menos impacto ambiental. Mais do que isso, deve contribuir para que a indústria de tecnologia reduza o consumo energético global. Um recente estudo projetou que a TI deve contribuir para uma economia de 16,5% nas emissões de gases de efeito estufa até 2020. Como? Por meio de soluções que vão desde redes de energia inteligentes a sistemas de climatização sofisticados e gestão eficiente do tráfego nas cidades, entre outros. 

Conheça o movimento Movimento GREENK


A junção de duas palavras (Geek + Green) dão nome a um dos mais bem sucedidos movimentos de TI Verde no Brasil. O GREENK consiste em uma organização de educação e conscientização ambiental com a missão de mobilizar a sociedade para o descarte correto do lixo eletrônico. 

De acordo com seus membros, as ações do grupo consistem em incentivar e promover a instalação de pontos de descarte em parques públicos e espaços privados de São Paulo, intervenções em educação ambiental nas escolas da capital paulista, além da realização do festival GREENK TECH SHOW. Todas essas ações visam a mudança de hábitos de quem participa e incentiva o descarte correto do lixo eletrônico em benefício da sociedade e do meio ambiente, contribuindo também para a economia circular.

Confiram!





sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Afinal, o que é TI Verde?

Essa é a pergunta que mais ouço quando digo que pesquiso sobre o assunto. 

Poucos conhecem e é natural que assim o seja, afinal, apenas entre os anos de 2005 e 2006 as empresas de TI começaram a adotar o termo. No meio universitário brasileiro, somente em 2009 houve trabalhos de pós-graduação sobre o tema e até hoje, dez anos depois, menos de cinquenta trabalhos sobre TI Verde foram desenvolvidos em mestrados e doutorados no Brasil.

Evidentemente que o interessado mais atento perceberá que o termo é autoexplicativo. Mas como conceituá-lo de fato? E quais são as práticas relacionadas à TI Verde? 

Desde já, alerto-lhes: justamente por ser um termo relativamente recente, não há uma definição exata sobre a TI Verde muito embora suas práticas sejam abundantes.

Para abordar melhor este tema e, de certa forma, responder à pergunta que dá título a esta postagem, recorramos a San Murugesan. Murugesan é um instrutor corporativo, pesquisador e professor adjunto da Western Sidney University. Suas pesquisas envolvem, dentre outras vertentes: Cloud computing, Internet das Coisas, desenvolvimento de aplicativos, Sistemas Inteligentes, Tecnologia e Sociedade, Tecnologia da Informação em sociedades emergentes e, é claro, TI Verde. 

A seguir, apresentamos o seu artigo intitulado "Making IT Green" de 2010. 

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INTRODUÇÃO 

À medida que a temperatura global aumenta - causando consequências potencialmente desastrosas - e à medida que os problemas ambientais se tornam globais, os olhares são gradativamente voltados à TI. Paradoxalmente, a Tecnologia da Informação é, ao mesmo tempo, um problema e uma solução para a sustentabilidade ambiental. Uma vez que as empresas e os governos procuram buscar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental, os profissionais da TI são chamados a tornar as práticas de trabalho - e os sistemas a elas vinculados - mais ecológicas, fazendo o universo da TI cada vez mais inovador no enfrentamento positivo dos problemas ambientais

A TI Verde, também conhecida como Computação Verde, refere-se ao estudo e à prática de projetar, fabricar e usar sistemas de hardware, software e comunicação de maneira eficiente e efetiva, com impacto mínimo ou nenhum ao meio ambiente. A TI Verde também apoia, auxilia a promove outras iniciativas ambientais e ajuda na criação da consciência ecológica.

IMPACTO AMBIENTAL

O abrupto desenvolvimento da TI em todas as áreas da atividade humana, oferecendo grandes benefícios de entretenimento e transformando irreversivelmente os negócios e as relações entre as pessoas, também tem contribuído para o agravamento dos problemas ambientais. Infelizmente, a maioria das pessoas - incluindo muitos profissionais de TI - não percebe isso. A TI afeta nosso ambiente de várias maneiras diferentes. Cada estágio da vida de um computador - da produção ao descarte- apresenta agressões ao meio ambiente. O processo produtivo dos computadores e dos seus diversos componentes eletrônicos e não-eletrônicos recorrem ao consumo de eletricidade, de matérias-primas, de produtos químicos e de água. Ao final, geram resíduos altamente perigosos para a natureza. Tudo isso afeta nosso meio ambiente.

Globalmente, o consumo total de energia elétrica por datacenters, servidores e computadores está aumentando constantemente. O crescimento no consumo de energia resulta no aumento das emissões de Gases de Efeito Estufa, já que a maior parte da eletricidade é gerada pela queima de carvão, petróleo ou gás. Muitos computadores, seus periféricos, peças de TI e outros equipamentos eletrônicos, que contêm materiais tóxicos e são descartados pouco tempo após a sua compra, acabam em aterros, poluindo a terra e contaminando a água.

O aumento do número de computadores em uso e suas frequentes substituições tornam o impacto ambiental da TI uma grande preocupação. Consequentemente, há uma pressão crescente sobre nós para tornar a TI ambientalmente correta.

"VERDIFICANDO" A TI

Para construir um ambiente mais verde, precisamos alterar por completo algumas das nossas velhas e familiares ações do cotidiano. Para superar de forma abrangente e eficaz o impacto ambiental da TI, devemos adotar uma abordagem holística e tornar todo o ciclo de vida da TI mais ecológico. Podemos fazer isso considerando a sustentabilidade ambiental nos quatro caminhos descritos a seguir:

•  Uso ecológico - reduzindo o consumo de energia de datacenters, computadores e outros sistemas de informação e usando-os de maneira ambientalmente correta;
• Eliminação verde - reformando e reutilizando os computadores antigos e reciclando os computadores e outros equipamentos eletrônicos indesejados de forma ambientalmente responsável;
• Design ecológico - projetando componentes, computadores, servidores, equipamentos de resfriamento e datacenters para que sejam eficientes em termos de energia e ambientalmente saudáveis; 
• Fabricação verde - produzindo componentes eletrônicos, computadores e outros subsistemas associados com impacto mínimo no ambiente.

A TI Verde abrange muitas áreas e atividades centrais da TI, incluindo: gerenciamento de energia; design, layout e localização do datacenter; uso de materiais biodegradáveis na produção eletrônica; conformidade regulatória; métricas e rotulagens verdes; ferramentas de avaliação de pegada de carbono; e mitigação de riscos relacionados ao meio ambiente.

Um número crescente de fornecedores e usuários de TI começou a voltar suas atenções para a TI Verde. Provocados pela iminente introdução de mais impostos e regulamentações verdes, haverá um grande aumento na demanda por produtos e soluções de TI ecológicos. Como exemplo, a "The Electronic Product Environmental Assessment Tool" (n.t.: Ferramenta de Avaliação Ambiental de Produtos Eletrônicos) (https://www.epeat.net) é um excelente meio de auxílio aos compradores para a identificação de produtos verdes em TI, rotulando os hardwares de computadores e outros aparelhos como bronze, prata ou ouro, com base em seus atributos ambientais. 

Há uma grande promessa no movimento da TI Verde. Aqueles que estão na profissão de TI, bem como os usuários de TI, têm a responsabilidade de ajudar a criar um ambiente mais sustentável.

TI PELA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Além de a TI dever ser Verde, ela também pode ajudar a criar um ambiente mais sustentável. Como?

• Coordenando e otimizando a cadeia de suprimentos, as atividades de manufatura e os fluxos de trabalho organizacionais para minimizar o impacto ambiental;
• Tornando as operações de negócios, edifícios e outros sistemas energeticamente eficientes; 
• Analisando, desenvolvendo modelos e avaliando os possíveis impactos ambientais de modo a evitá-los;
• Elaborando plataformas para negócios de cunho ambiental;
• Auditando e reportando o consumo de energia e o descarte incorreto de materiais eletrônicos;
• Oferecendo sistemas de gestão e de conhecimento ambiental, bem como sistemas de apoio à decisão de impacto ambiental;
• Integrando e agregando dados de redes de monitoramento ambiental.

A TI Verde será um importantíssimo tema nos próximos anos, uma vez que é imperativo o desenvolvimento de uma TI ambientalmente sustentável do ponto de vista econômico e ambiental.

PERSPECTIVAS VERDES

Precisamos, portanto, educar os profissionais e estudantes de TI sobre a TI Verde e suas perspectivas. Muitos profissionais de TI e executivos seniores da área não sabem como ou por onde começar quando se trata de implementar a TI verde. Além disso, há uma disparidade no nível de entendimento da TI Verde entre empresas, profissionais de TI e usuários de TI. Percebendo isso, algumas universidades e institutos de treinamento assumiram a liderança e começaram a oferecer cursos sobre TI Verde. Como exemplo, a Leeds Metropolitan University no Reino Unido passou a oferecer um curso de mestrado em computação verde. Espero que outras universidades e institutos de treinamento em breve ofereçam programas semelhantes.

Várias organizações e agências também promovem ativamente a TI ambientalmente sustentável, incluindo o Uptime Institute, a Computing Impact Organization, a Climate Savers Computing Initiative e o Green Electronics Council.

Houve grandes avanços nos últimos anos em termos de melhoria da eficiência energética de computadores, virtualização, projetos e operações em datacenters, software com reconhecimento de energia e assim por diante. No entanto, existem várias áreas de TI Verde que exigem mais pesquisa e desenvolvimento: adoção prática de tecnologia sustentável; avaliação de impacto ambiental; normas, leis e regulamentações; e aproveitamento de TI para sustentabilidade ambiental.

Além disso, a agenda de TI Verde abriu novas oportunidades de carreira para profissionais de TI com habilidades nessa área. Algumas organizações criaram novas posições e divisões para abraçar essa próxima tendência.

A agenda de TI Verde representa uma mudança dramática nas prioridades para o setor de TI. Até recentemente, o ramo da TI estava focado principalmente na funcionalidade, na capacidade de processamento e no custo de seus equipamentos. No futuro, porém, a indústria também precisará lidar com sua responsabilidade no impacto ambiental da TI. Profissionais de TI, educadores, pesquisadores e usuários podem fazer a diferença e ajudar a criar um ambiente sustentável que beneficie as gerações atuais e futuras. Espero que você se junte à onda verde e faça o possível para tornar a TI e seu uso mais ecológicos e aproveitar o poder da Tecnologia da Informação para melhorar a sustentabilidade ambiental.

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Tradução: Lucas Feitosa.

Para citar este artigo: 
MURUGESAN, S. Making IT Green. IT Professional. Los Alamitos, v. 12, N. 2, p. 4-5, mar., 2010.

Link para o artigo original:


quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Campus Socorro do IFS desenvolve oficina sobre Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

O campus Socorro do Instituto Federal de Sergipe, na figura do professor Luiz Carlos Pereira Santos, desenvolveu na manhã desta quarta-feira (14/08) uma oficina sobre Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE).

Na oportunidade, os bolsistas do "Projeto Ambientrônico do campus Socorro" (PIBEX) e do "Projeto Socorro Ambientrônico" (PIBIC JR 2018) participaram de atividades teórico-práticas sobre a temática.

No cenário hodierno, o crescente consumismo aliado aos fenômenos da inovação tecnológica e da obsolescência programada fazem dos REEE uma pauta necessária na formação crítica dos discentes da Educação Profissional e Tecnológica, em especial àqueles inseridos nos cursos do eixo Informação e Comunicação.

A oficina em questão abordou os seguintes temas: 1) A inserção do IFS e do curso técnico de Manutenção e Suporte em Informática no contexto da sustentabilidade, em especial às ações vinculadas aos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos; 2) A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010) e suas particularidades sobre os REEE; 3) A estrutura de um computador, descrição de seus componentes, a necessidade de destiná-los corretamente após o fim de sua vida útil e os possíveis efeitos causados no organismo humano quando descartados inadequadamente in natura.





terça-feira, 13 de agosto de 2019

TI verde: 5 dicas para tornar sua empresa sustentável

Cada vez mais cresce a pressão para que as empresas sejam sustentáveis. No entanto, a maioria delas sequer possui profissionais com foco em questões voltadas a sustentabilidade e gestão em meio-ambiente. Lacuna que abre portas às equipes de tecnologia da informação (TI),  as quais têm excelente chance de tomar proveito do que já sabem sobre TI Verde.

Ou sejam, estão na frente de outros profissionais por deterem mais conhecimentos sobre sustentabilidade e liderar esse processo nas organizações. Agora, por que TI deve assumir esse papel? A primeira razão é o fato de a tecnologia estar presente em todas as áreas da organização.

Segundo, as principais medidas para economizar energia elétrica e cortar custos e que contribuem para o meio-ambiente vêm de ações da área de TI. O problema está em como obter conhecimento para liderar a área. “Não existe ainda um currículo padrão para as melhores práticas de TI Verde", diz o vice-presidente da consultoria inglesa Datamonitor Group e um dos fundadores da consultoria verde SIG411 LLC, Adrian Bowles.

Isso significa que os profissionais precisam aprender sozinhos ao mesmo tempo em que são cobrados para entregar resultados "verdes". A reportagem do Computerworld nos Estados Unidos ouviu diversos líderes de TI e identificou cinco conjunto de ações bastante valiosas, que podem ajudar as empresas a torná-las mais sustentáveis. Confira abaixo:

1. Crie ambientes que tornem viável projetos com foco em sustentabilidade

Organizações de todos os tipos e tamanhos estão tentando criar ambientes de trabalho mais sustentáveis. Algumas até vêm buscando a liderança na área com certificados oficiais que atestem essa condição. Para tanto, os profissionais de TI são chamados a criar soluções.

“Não é algo que costumamos fazer na condição de profissionais de tecnologia” diz o vice-presidente global de Energia e Utilites da IBM, Brad Gammons. Os profissionais de TI vão ter que pensar em como suas decisões causam impacto no projeto de sustentabilidade e, consequentemente, na forma em que as instalações da empresa afetam a infraestrutura tecnológica.

"O impacto é grande nos tipos de dispostivios usados, no local onde as pessoas serão alocadas, assim como nos espaços de trabalho que são desenhados, entre outras questões", explica Gammon. O departamento de tecnologia também precisa entender melhor as infraestruturas complexas usadas para a manutenção de prédios inteligentes.

Tecnologia cuida dos espaços físicos, sistemas de segurança, controle de acesso e, em alguns casos, até mesmo dos sistemas de aquecimento e ar condicionado. “Nos velhos tempos, o gerenciamento de sistemas de edificações funcionavam como ilhas. Hoje, tudo se integrou no departamento de TI”, afirma o vice-presidente global de energia e sustentabilidade da Johnson Controls, Clay Nesler. A empresa é fornecedora de soluções de energia para edifícios.

De acordo com Nesler, os técnicos de TI devem entender as métricas e os sistemas de monitoramento que estão por trás dos edifícios sustentáveis e entender, com clareza, que eles possuem requisitos diferentes de outros sistemas relacionados aos computadores. “Você não pode resetar um ar condicionado da mesma forma que faz com um servidor", diz. "Há questões de segurança e de saúde ligadas ao uso do equipamento. Se o profissional olhar somente para o console de sistema, pode levar em consideração todas essas variáveis".

2. Mantenha regras que controlem as emissões de carbono

A TI passa a ter, também, a responsabilidade de cortar as emissões de carbono da empresa, mesmo aquelas que precisam manter uma rede de logística vasta. Assim, alguém da área de tecnologia deve entender de carbono e saber mensurá-lo nos produtos e processos por toda a companhia, diz Adrian Bowles, da Datamonitor.

Assim, a área de TI terá de colaborar com outras unidades de negócios para calcular, capturar e reportar todas as atividades de compra e saídas feitas por diversos departamentos. Ou seja, dentro do próprio departamento de tecnologia, por exemplo, pode-se avaliar quanto o desenvolvimento de uma aplicação vai emitir de carbono com a energia gasta com hardware em testes.

Todas as unidades possuem suas próprias questões do gênero. “Assim, o profissional de TI precisará entender a economia e as implicações do gerenciamento de carbono: o que é monitorado hoje, o que deveria ser monitorado e quais serão as demandas do futuro que também precisarão ser observadas", explica Bowles. "Não dá para gerenciar o que não se consegue medir".

3. Procure se adequar às regulamentações ligadas ao meio-ambiente

Os líderes de tecnologia estão se deparando com leis e regulações que impactam tudo o que a TI produz, compra, descarta e emite de carbono. No Brasil, as iniciativas existem, mas ainda são incipientes. A regulamentação que existe no mundo é um excelente parâmetro, sobretudo pelo seu rigor, embora sejam realistas quando à possibilidade de se adotar uma postura mais verde e sustentável, sem impacto nos negócios.

4. Adote políticas de gerenciamento de energia

Os profissionais da área de TI devem desenvolver um melhor entendimento sobre a necessidade de energia de toda a organização e como as pessoas se relacionam com os dispositivos elétricos, diz o diretor de marketing e ecotecnologia da Intel, John Skinner.


O executivo reconhece que a maior parte das companhias já possui pessoal específico para cuidar da conta de energia, mas acredita que os profissionais de TI é que deverão se envolver com a área e em tecnologias que começam a despontar, como a virtualização.

Além de desenvolver sistemas de monitoramento, criar data centers eficientes, pensar na tendência das redes inteligentes de energia elétrica e em seus requisitos, os profissionais também devem lidar com uma situação em que a alimentação não é suficiente para atender às necessidades da empresa em determinados locais. “A menor disponibilidade de energia também é algo que exigirá grandes esforços dos profissionais", afirma o analista sênior da Datamonitor, Vuk Trifkovic.

5. Reconstrua as habilidades já existentes
·   Análises de negócios: as empresas terão de incluir em suas soluções de análises de negócios módulos que direcionem projetos verdes. Para fazer isso, elas terão de determinar o que deve ser analisado e como apresentar os resultados e informações.


·  Gerenciamento de mudanças: mudar significa deixar o que já está definido para ações como, desligar monitores ao deixar o posto de trabalho, abandonar o scanner que fica sob a mesa, entre outras questões. É necessário entender como influenciar as pessoas para comprar a ideia da sustentabilidade.


· Telecomunicações: os departamentos de TI imploram por especialistas na área, segundo Bammons. As iniciativas verdes também devem incluir redução de viagens, o que se traduz na necessidade de soluções avançadas de comunicações. A implantação de infraestrutura para possibilitar o trabalho remoto também conta muitos pontos.


· Gerenciamento de ativos: as empresas começaram a analisar produtos com critérios verdes. Com isso, os líderes de TI precisam considerar novos fatores ao calcular o custo total de propriedade de seus ativos. Eles terão de considerar a quantidade de gases tóxicos que o ativo produz, além da eletricidade que consomem e o custo para realizar um descarte ecologicamente correto no final do ciclo de vida.



Emissão de gases do efeito estufa bate recorde em 2018

A emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) nunca foi tão grande como em 2018. Pelo quarto ano seguido, o volume de dióxido de carbono na atmosfera tem atingido números cada vez maiores.
É interessante lembrar que, só os serviços de Tecnologia da Informação, são responsáveis por 2% da emissão global de CO₂, sendo equivalente ao emitido pela indústria aeronáutica.


Assista em:
https://globoplay.globo.com/v/7838941/

Projeto busca conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância do lixo eletrônico

Estudantes de escolas públicas de São Paulo descobrem que materiais eletrônicos que seriam descartados podem ser utilizados na produção de novos equipamentos.
Oportunidade única para desenvolver, desde cedo, a consciência ambiental.

Assista em:
https://globoplay.globo.com/v/7838942/

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Bem-vindos!

Olá!

Este blog servirá principalmente como repositório de textos, vídeos e matérias relevantes sobre a TI Verde em suas várias dimensões técnicas, científicas e sociais.

Conforme a pesquisa de mestrado que está sendo desenvolvida por mim e que por ora recebe o título "TI Verde no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe: elaboração de Guia Didático para uma formação humana integral", a Tecnologia da Informação Verde tem como objetivo magno a inserção da Tecnologia da Informação no âmbito da sustentabilidade e da educação ambiental com vistas à relação biunívoca que engloba a redução de gastos financeiros e a proteção ao meio ambiente.

Esperamos que os conteúdos aqui postados lhes sirvam de inspiração para uma vivência socialmente justa, ecologicamente responsável e financeiramente eficiente.

Lucas